Pontos essenciais do debate entre Pedro Nuno Santos e Rui Tavares

10-02-2024

Este debate começou pelos cenários eleitorais e posições que cada um partido adotará. Rui Tavares jogou à defesa dizendo que a esquerda junta deve ter uma maioria e que será difícil a esquerda inviabilizar um governo maioritariamente de direita. A esse respeito, Pedro Nuno Santos foi claro ao dizer que "é praticamente impossível que o partido socialista suporte um governo do PSD", pois partilham visões da sociedade distintas, como por exemplo as políticas da saúde. Em relação ao tema da habitação, Rui Tavares qualificou 3 razões para o problema existente, como sendo "um problema, uma crise e uma emergência", acusando o PS de ter acordado para a crise quando ainda estava a falar do problema e agora fala da crise quando já temos uma emergência. O líder do LIVRE voltou a referir a sua proposta, baseada na retenção de 25% do Imposto de Selo para o "Programa Habitação" e destinados à habitação pública, calculando uma receita de 100 milhões de euros por ano. Reforçou a ideia de ter sido aprovada a proposta do LIVRE, onde o Estado está a fazer um inventário do seu património mas criticou o PS de ter "esvaziado" a proposta do LIVRE em relação às restantes propostas, como a retenção de 25% do Imposto de Selo. Pedro Nuno Santos considerou que as medidas adotadas pelo governo socialista, são boas e só agora é que vão começar a ter resultados. Voltou a tocar no ponto dos apoios às rendas que ajudam cerca de 230 mil famílias e o programa "Porta 65", que prometeu alargar a mais pessoas. Rui Tavares voltou a referir que o passe ferroviário nacional foi uma conquista mas quer mais. O líder do LIVRE quer passar de 100 comboios por dia para 250 diários. No que diz respeito aos professores, Pedro Nuno Santos prometeu repor o tempo integral até ao final da legislatura. Aproveitou para prometer que vai melhorar os escalões de entrada para tornar mais atrativa a carreira. Já Rui Tavares lembrou que a reposição integral foi uma proposta do LIVRE em 2015 e concorda com essa medida. O mesmo considera que cada professor deve poder propor o seu tipo de escola, o seu próprio tipo de governação e a sua própria especialização. Em relação ao ensino escolar, Pedro Nuno Santos condenou o facto de "estarmos sistematicamente" a desvalorizar o avanço que Portugal conseguiu nos últimos 50 anos, lembrando que o estudo PISA nos colocam na média da OCDE, assim como uma redução da taxa do abandono escolar, que nos colocam, positivamente, melhor do que média. Insistiu na ideia de continuar a investir na escola pública. No que diz respeito à saúde, o LIVRE considera que se deve preservar o SNS, acabar com as cativações, saber-se das grelhas salariais dos privados para criar concorrência leal e canalizar menos verbas do orçamento para o privado e mais para o público. Já o líder do PS, reforçou a ideia de ter que se investir no SNS, acusando a Aliança Democrática de não acreditar no sistema público e de querer desviar recursos do SNS para o privado. Pedro Nuno Santos lembrou do plano da reorganização do SNS que começou a ser recentemente implementado, e que visa termos os nossos hospitais e os centros de saúde a trabalhar de forma integrada nas unidades locais de saúde, os cuidados de saúde primária para termos mais cidadãos com acesso a um médico de família e valorizar os profissionais de saúde. Voltaram a ficar de fora o temas como a política externa e justiça. 

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