Pontos essenciais do debate entre Paulo Raimundo e Luís Montenegro 

11-02-2024

Num debate fora do normal, onde Luís Montenegro debateu por videoconferência, o mesmo começou por se abordar os cenários eleitorais. O PCP, sem surpresas, assumiu não apoiar o PSD, deixando a porta aberta ao PS. Luís Montenegro esteve à volta das possibilidades de governar com ou sem maioria absoluta, não assumindo o que já disse anteriormente em que se demitia se não ganhasse as eleições. No que diz respeito às pensões, o PCP propõe uma subida de 7,5% já no mês de Abril, explicando que a medida custará 1600 milhões de euros, o mesmo valor que é dado em benefícios fiscais aos grupos económicos. O líder do PCP lembrou as palavras de Luís Montenegro quando se referiu à "reconciliação com os pensionistas", para criticar os tempos da TROIKA em que a direita fez vários cortes, nomeadamente nos salários e nos subsídios de Natal. Já o líder do PSD, defendeu-se dizendo que teve a responsabilidade desse período, nomeadamente de ter contribuído para que o Governo devolvesse ao país autonomia, referindo que em 2011 não havia dinheiro para pagar salários nem pensões. Lembrou também que o PS assinou o memorando da TROIKA mas não se referiu ao facto de ter ido para além desse memorando. Em relação ao presente, Luís Montenegro quer garantir a todos os pensionistas um aumento todos os anos, no mínimo equivalente à inflação e prometeu que a referência do complemento solidário para idosos se fixe nos 820€. Foi mais além, prometendo numa segunda legislatura, fazer equivaler essa referência ao salário mínimo nacional. Já Paulo Raimundo acusou Luís Montenegro de prometer e depois não cumprir as promessas de e quando for Governo. O mesmo voltou a lembrar da importância do PCP em 2015 com a geringonça, na recuperação de rendimentos, nas creches tendencialmente gratuitas, nos passes sociais e na eliminação do PEC para as micro, pequenas e médias empresas. Em relação aos salários, o PCP propõe um aumento de 15%, no mínimo de 50€ para cada trabalhador, no público e no privado. Paulo Raimundo calculou que a medida se estima em 15 mil milhões de euros e que não vale a pena "vir com choradinho de que não há dinheiro”, pois “isso já não cola". O líder do PSD considera que "para subirem os salários em Portugal é preciso desbloquear os constrangimentos que têm impedido maior criação de riqueza e maior crescimento da economia. Luís Montenegro aponta a política fiscal como sendo um desses constrangimentos, afirmando que a política fiscal sobre os rendimentos do trabalho e das empresas está a comprimir a nossa capacidade de criar riqueza. Para esse efeito, a Aliança Democrática propõe baixar o IRS na classe média, nos jovens até aos 35 anos e isenção de impostos em função da produtividade até ao limite de um vencimento mensal (15.º mês). Sobre os impostos, Paulo Raimundo defende também a redução dos impostos, nomeadamente no trabalho e no consumo, devendo aumentar os impostos de "forma efectiva" sobre o capital. Para fechar o debate, Luís Montenegro falou da necessidade de aumentar a competitividade, lembrando que Portugal tem uma das taxas mais altas da Europa de tributação sobre o lucro das empresas. Pelo que considera importante a redução de impostos para atrair investimento. Terminou falando da localização do aeroporto, mantendo a ideia de mais uma comissão para estudar o relatório recentemente divulgado. Foi um debate onde estiveram ausentes muitos temas como a habitação, saúde, justiça e política externa. 

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