Vamos com tudo Portugal!

05-07-2024

Roberto Martinez, após o apuramento de Portugal para os oitavos de final, disse que agora começava outro torneio. Saiu-nos a Eslovénia e vimos-nos "gregos" para nos qualificarmos para a próxima fase. Como anteriormente já opinado pelo @olhardoinvisivel, Portugal tem muitas dificuldades com adversários que jogam com um bloco baixo. E se a bola entra na baliza errada, passamos a jogar com o coração e não com a frieza e estratégia para dar a volta ao resultado. O chamado "sangue frio" que já vimos em seleções como a Alemanha. E não é toa que surgiu a expressão "jogam 11 contra 11 e no fim ganha a Alemanha". Mas como vemos também em equipas como o Real Madrid, que às vezes damos como eliminado e de repente ganha mais uma Liga dos Campeões. Frieza, maturidade e estratégia são necessários nesses momentos. Muito mais, neste novo torneio em que vamos entrar amanhã. O torneio dos adversários que não jogam com bloco baixo e que têm individualidades que são tão boas ou melhores do que as nossas. Sim, este é realmente o "primeiro torneio diferente" que Portugal passa agora a jogar. Com exceção da Turquia (que também está nos quartos de final do Euro), todas as seleções que jogaram contra Portugal até ao momento neste Euro jogaram com bloco baixo e sem quererem ter iniciativa de jogo. Em relação à exceção da Turquia, demos-nos bem e goleamos. Claro está que a Turquia não é a França mas Portugal terá mais espaços para explorar e conseguir ser perigoso. José Mourinho uma vez deixou esta ideia de "vamos passar boas e más fases no jogo. Quando estivermos a passar a nossa boa fase temos de aproveitar". Esta máxima aplica-se a praticamente todos os desafios mas quando a diferença entre as equipas não é discrepante, é mais alcançável conseguir aproveitar esses bons momentos que certamente vamos ter no jogo. A tal frieza que se pede. A tal maturidade que temos em idade mas que temos de colocar em campo. A tal estratégia e opções técnicas que têm de ser tomadas, não em função da sua qualidade e estatuto mas sim em função do seu rendimento atual. Não deixa de ser curioso, sermos a seleção que tem menos rotatividade de jogadores e com menos utilizados (19) do Euro até agora, dos 8 finalistas. E pelas interpretações que se têm feito acerca da conferência de imprensa dada pelo nosso selecionador, Portugal apresentará o mesmo 11 com que jogou contra a Turquia e Eslovénia. E já agora, praticamente com os mesmos quando jogamos contra a Chéquia no primeiro jogo da fase de grupos, com 10 desses 11 jogadores. Queremos pensar que não. Que há muita margem para surpreender a França, sem perder o equilíbrio e rigor táticos. Não nos admiraria se João Félix entrasse no 11 de amanhã, jogando a seleção num sistema de 4x4x2 clássico com Ronaldo e Félix na frente (um pouco mais descaído). Ou até trocando Rafael Leão ou Bernardo Silva por Francisco Conceição. Seja quem for o escolhido, temos muita qualidade individual e não ficamos atrás dos franceses. Aproveitem bem o momento quando estivermos por cima na partida, e deixem tudo em campo, especialmente na capacidade que vamos ter de ter para sofrer nos momentos piores do desafio. Vamos Portugal, nós acreditamos! 

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